“A história do chapéu dos Chefs de Cozinha”

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A história é muito interessante. O chapéu de cozinheiro surgiu na França por volta de 1630, numa época em que a função de cozinheiro era considerada tão importante que eles até recebiam o título militar de officiel de bouche (oficial da boca). Dentro da cozinha existia uma hierarquia e as alturas variáveis dos chapéus identificavam o posto exercido por cada um, sendo que o chef usava sempre o chapéu mais alto, enquanto os auxiliares mais simples vestiam apenas um boné. Na França, os chapéus dos chefs são chamados de toque blanches. No Brasil apenas emprestou-se o nome ‘toque‘, do francês, sem tradução. O chapéu, além de ser alto por uma hierarquia, serve para evitar que os fios de cabelo caiam, além de ajudarem na refrigeração da cabeça. Os ‘toques’ bem altos são usados apenas pelos grandes chefs e normalmente são descartáveis. Os chapéus baixinhos usados por ajudantes são chamados bibicos. Então já sabem: se depararem num restaurante com alguém usando um desses chapéus de chef bem alto, estarão diante do chef que criou os maravilhosos pratos do cardápio. Outra curiosidade é aquela imagem caricata que temos do chef de cozinha: um gordinho simpático com chapéu branco, roupas características e um bigodão! Pois é. Você já parou pra pensar na razão do uso de bigode pelos chefs de antigamente? O escritor George Orwell em sua obra “Na pior em Paris e Londres”, descreve as antipáticas relações humanas em uma cozinha de hotel parisiense, lá por 1920. Vejam só: “Garçons em bons hotéis não usam bigodes, e para mostrar sua superioridade eles decretam que os ajudantes tampouco podem usá-los; e os chefs usam bigodes para mostrar desprezo pelos garçons.” Daí a imagem do gordinho simpático e bigodudo, que tinha toda uma função social.

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toque e bibico

LIVRO NA PIOR EM PARIS

“Gordinho simpático e bigodudo”

gordinho simpático chef

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